segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Hora 08:01 por Unknown na categoria    1 comentário

A mente não é a fonte da consciência nem da percepção. Toda consciência condicionada - a consciência que depende do pensamento, da emoção ou da sensação - não é a verdadeira consciência.

Ela é como uma luz refletida num espelho, não a verdadeira fonte da luz. A consciência verdadeira está além de todos os objetos e qualidades, e não dependente de nenhum instrumento físico, sensorial ou mental. Essa consciência pura é o nosso verdadeiro Eu Superior. Em nosso Eu Superior não-condicionado, somos o mesmo que todos os seres. Esse é o Eu Supremo (paramatman) de Vedanta, a suprema filosofia védica que fundamenta o Ayurveda.



O Eu Supremo existe além de Deus e da alma individual. Ele transcende todos os seres, todos os mundos, e os três gunas. Enquanto a consciência condicionada se compõe de pensamentos, o verdadeiro Eu superior é percepção isenta de pensamento. Ele é a verdadeira luz que ilumina as alterações da mente, e nunca é afetado por elas. Ele é a unidade por trás da alma e Deus, que inclui todo o mundo da natureza no absoluto informe. Trata-se de paz imutável no âmago da mente, por meio da qual transcendemos, de imediato, todos os problemas psicológicos.

Pondo-se de lado o ego e despertando nossa alma (Jiva), aos poucos entramos em contato com esse Eu Superior. Todo contato com nosso verdadeiro Eu, eleva-nos para além de todos problemas humanos. Para tranquilizar a pessoa com distúrbios psicológicos, por vezes basta resgatar o uso apropriado da mente condicionada; contudo, ir além de toda tristeza requer que conheçamos nosso verdadeiro Eu Superior, e toda cura real da mente se veneficia até mesmo do mínimo contato com nossa natureza verdadeira.

Acabar com o condicionamento negativo da mente é necessário tanto para a harmonia psicológica como também para a compreensão de si mesmo. A diferença é que, para perceber nosso verdadeiro Eu Superior, um nível mais profundo de perda de condicionamento deve ser alcançado, mais do que é necessário para resolver nossos problemas psicológicos, como medo, raiva, ou depressão. A preocupação do yogue é desenvolver a consciência para criar um receptáculo apropriado para a percepção do Eu Superior, sempre presente, mas obscurecido pelos mutáveis pensamentos. A preocupação do médico ayurvédico é desenvolver a consciência a fim de fazer face a nossos problemas de seres humanos comuns. A purificação de consciência é comum a ambos. Trata-se do mais importante, tanto para a cura mental, como desenvolvimento espiritual.

Um comentário:

  1. Quem escreveu isso não tem o menor conhecimento nem de vedanta, nem de ayurveda....

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